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29 de setembro de 2012

Sinarquia - Um governo de sinergia no futuro.


Saint Yves d’Alveydre afirma que a Sinarquia é um governo social e não político. O que isto significa?
Em primeiro lugar, temos que a Sinarquia está encabeçada internamente por Hierarcas iluminados, os quais muitas vezes não exercem diretamente o governo sobre a sociedade, mas elegem ou escolhem as lideranças mais capazes, dentre os seus discípulos provados, os quais desta forma nem ascenderão ao poder por cobiça ou ambição, e nem disputarão entre si postos e cargos políticos, antes estando prontos para obedecer ao sagrado servindo no governo ou deixando de fazê-lo.
E em sua própria esfera, estes mestres não representam categorias sociais, e portanto não acarretam em instâncias de poder. A sua ação é de Conselho e a sua visão é holística e universal, sendo esta então a própria matriz da Sinarquia.
Desta forma, os Hierarcas das Idades pactuaram que deveriam tratar de escolher, idealmente, não apenas um representante para toda a sociedade, mas sim um representante para cada classe social, atuando todos em conjunto pelo verdadeiro bem comum. Esta é a razão horizontal da definição da Sinarquia como “governo conjunto”, ainda que tal coisa alcance também uma verticalidade através do co-governo das Hierarquias espirituais que se acham por detrás deste sistema.
Desta forma, mais que o governo de um árbitro universal, a Sinarquia representa com efeito o governo da Concórdia universal.
Assim, ao invés de haver um governante único supostamente universal, como são os monarcas e imperadores, ou uma ditadura de classes como no comunismo, ou mesmo um “rodízio” potencial de representantes sociais como pode ocorrer na Democracia (e que por vezes não passa de uma sucessão de pequenas ditaduras), na Sinarquia se trata de colocar todas as classes em pé-de-igualdade, não através de algum representante único e universal, mas de maneira formalmente democrática mediante a representação social plural..!
Afinal, por mais que um político eleito afirme que, chegando ao poder, tratará de “governar para todos”, como é costume fazer, na prática ele não pode apagar de supetão o seu histórico e nem esquecer as disputas eleitorais passadas e futuras. Como homem de partido, ele sempre colocará os interesses de sua classe em primeiro lugar.
Muitos de nós já terá se perguntado vez por outra, por que razão os candidatos aos cargos políticos, não se unem para compor um governo único, organizando assim uma plataforma comum com as propostas mais interessantes. É mais ou menos isto o que acontece na Sinarquia.
É certo que, havendo esta pactuação social, as classes sociais e seus representantes, tratarão de ser comedidos nas suas pretensões, buscando respeitar os interesses de todos. Alguns poderão dizer que isto ainda é uma utopia. Que “o homem é o lobo do homem” e que este pacto social é impossível de ser alcançado.
“Significa ademais -perguntarão-, que os trabalhadores se contentarão em servir, ou que a burguesia não desejará o poder, antes respeitando os autênticos ideais militares nacionalistas?” Isto é o que tem acontecido realmente na Índia, onde a casta-de-nascimento (jativarna) determina uma marca indelével no indivíduo.
Mas, não, não é assim, obviamente, que deve acontecer. É certo que a matriz social sinárquica necessita estar pautada pelo direito e pela justiça. Isto significa dizer, que numa sociedade sinarquista, haverá respeito vocacional e mobilidade social –coisas que comumente soam a utopias, com efeito, mas ainda assim habitam os sonhos dos melhores sociólogos...
Contudo, sabemos que mesmo na Índia védica, ou sobretudo no ciclo ariano do Brahmanismo, existiu um sistema sinárquico exemplar inspirado nas Leis de Manu. E que este modelo, com variantes, varreu boa parte da Antiguidade, legando mesmo resquícios nos tempos medievais.
A base das classes sociais, era um sistema de educação permanente chamadovarnashramadharma, a “lei das castas cíclicas”, onde os ashramas eram as etapas de vida capacitadoras das experiências sociais áureas ou ideais. Quanto mais um indivíduo se capacitava a experienciar os padrões ideais, mais ele poderia avançar nas verdadeiras categorias sociais védicas, como ideais consumatórios da experiência humana.
Não obstante, a certa altura esta situação se perdeu, sendo invertida e substituída pela primazia das castas-de-nascimento, coisa até então inexistente na prática.
É certo que tudo depende, acima de tudo, de uma sociedade inspirada, onde a justiça seja uma realidade fática, e não seja distorcida por questões de raça, classe, sexo ou credo.
Na prática, as instâncias de poder também podem ser distribuídas por camadas. Ao invés de dividir a nação entre regiões, ou até por novos países governados por uma ou por outra tendência social como forma de preservar a harmonia, os governantes sinárquicos atuam antes sobre esferas de poder ou de governo.
De tal sorte que o Ministério Espiritual atua a partir do âmbito nacional, o Ministério da Justiça atua a partir do âmbito regional, o Ministério da Economia atua a partir do âmbito estadual, e o Ministério do Trabalho atua a partir do âmbito municipal.
E o tema eletivo pode seguir o mesmo curso, sendo neste caso gradualmente direto do menor para o maior. Os Prepostos supremos, contudo, seriam escolhidos pelas próprias Hierarquias. Com isto, se afasta a idéia de algum “paternalismo” excessivo dos Mestres, atuando eles apenas nas esferas mais espirituais e refinadas da sociedade, e sem nunca substituir a responsabilidade e a ação do ser humano como tal.
Este é, em traços gerais, o governo social que a Hierarquia espiritual oferece de Modelo para a humanidade na fundação dos tempos, como um Ideal áureo e universal.

Será o chip a “marca da besta” descrita no Apocalipse?


Muitos fiéis e estudiosos voltam sua atenção de um modo muito especial (e peculiar) para o último livro da Bíblia, o Apocalipse. João, servo de Deus, recebeu de um anjo revelações sobre o tão falado fim dos tempos. “Bem-aventurados os que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.” (Apocalipse 1:3)
João cita suas visões tais e quais as teve, cheias de simbolismos e alegorias, em uma linguagem altamente metafórica. E justamente aí vem uma grande confusão por parte de intérpretes da Bíblia: enquanto uns defendem que tudo é falado simbolicamente, outros defendem que o conteúdo tem de ser levado ao pé da letra – o que não diz respeito somente ao Apocalipse, mas a toda a Palavra Sagrada.
Há em Apocalipse a figura do anticristo, um líder mundial que, alegando querer manter a ordem, seria carismático a ponto de desviar os fiéis de Deus. O mesmo texto fala da “marca da besta”, uma distinção dada a todos os adoradores do reino do mal. Independentemente da raça ou da classe social, a citada nova ordem mundial impõe algo a todos os seres humanos, “… faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte…” (13:16) Tal marca seria obrigatória entre os conscientes e inconscientes seguidores da besta, com o aval da figura de autoridade do anticristo. A identificação seria usada como uma espécie de documento oficial, “para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca…” (13:17)
O chip subcutâneo
Ultimamente, com o advento de aparatos tecnológicos que só existiam na ficção científica de pouco mais de 100 anos para cá, tem sido muito discutido o chip de identificação subcutâneo, um dispositivo eletrônico menor que um grão de arroz que, sob a pele, traz todas as informações de seu portador. O chip funcionaria mais ou menos como hoje funcionam os demais documentos convencionais: carteira de identidade, cartões de crédito e débito, crachás para entrada em empresas e instituições, entre outros. Mas também teria caráter de localizador: com o Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System – o famoso GPS), toda pessoa poderia ser localizada via satélite.
Os cientistas que elaboram o chip, que já está inoculado em algumas pessoas e animais para testes, alegam que ele seria muito útil para fins de resgate, por exemplo. Ao digitar o código do chip, o satélite mostraria onde está seu portador em meio a uma grande mata, ou mesmo em um centro urbano.
Chips em documentos
Na documentação tradicional, o microchip também já chegou. Cartões bancários e documentos de identidade já são elaborados com as pequenas peças de silício com todas as informações necessárias. Em alguns meses, começarão a ser distribuídas no Brasil as novas carteiras de identidade eletrônicas, com as informações escritas, como nas convencionais, com foto, mas também com o histórico do cidadão em um chip na sua extremidade.
Motivo de alarme?
Cristãos de todo o mundo veem no chip subcutâneo e nas identidades com chip sinais de que seriam as tão faladas “marcas da besta” do Apocalipse. Muitos pensam, inclusive, em evitá-los. A série de filmes em longa-metragem “Deixados para Trás”, lançada pelo circuito independente norte-americano e muito popular no mercado de vídeo brasileiro, mostra o fenômeno sobrenatural do arrebatamento e a obrigatoriedade da implantação do chip, a ponto de que quem se recusasse a ele fosse preso pelas autoridades. Os filmes chegam a mostrar agentes do FBI aprisionando simples cidadãos que se negam a ter o chip sob a pele.
Especula-se que o aparelho funciona melhor no dorso da mão, ou na testa, o que até agora não foi oficialmente comprovado.
Parecer teológico
Segundo o teólogo e mestre em filosofia Jonas Madureira, não há qualquer indício na Bíblia de que os chips, em qualquer forma, sejam a tal “marca da besta” – pelo menos até agora. Acontece que o Apocalipse é um livro confuso até mesmo para os maiores estudiosos dos textos sagrados, cheio de enigmas e metáforas – como referido no início da matéria.
Madureira explica que muito dessa confusão se dá pelas diferentes correntes de estudiosos. “Enquanto um grupo, mais moderno, defende que muito na Bíblia está em forma de metáfora, de simbolismo, outra corrente mais tradicional afirma que tudo deve ser interpretado ao pé da letra”, esclarece o teólogo. Jonas explica que nas décadas de 20 e 30 do século passado, os liberais, que preferem a interpretação metafórica, ganharam destaque. Para contrariá-los, os fundamentalistas, mais tradicionais, defendem a literalidade dos textos bíblicos. Para completar o imbróglio, há também correntes que, embora não sejam liberais, aceitam a interpretação baseada no simbolismo.
Há quem ache realmente, mesmo nos círculos evangélicos, que os quase onipresentes chips de silício são o falado selo do anticristo. Outros defendem que a tal marca citada em Apocalipse não seria física, mas espiritual.
No tocante a ambas as interpretações, vale salientar que nada está comprovado e que qualquer informação não passa de especulação, embora estudos bastante sérios estejam em andamento.
Desde os tempos bíblicos, a marca que distingue o verdadeiro cristão está tanto em suas atitudes quanto em seu coração. Quem busca verdadeiramente a Deus tem seu futuro garantido, nestes tempos ou mesmo no fim deles.
De qualquer modo, uma dica final de João no próprio Apocalipse resume tudo o que foi dito no livro final da Bíblia: “… Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.” (22:17)
Fonte: Arca Universal