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28 de agosto de 2014

A Era do Eu

A Era do Eu
“Estar juntos é um começo, continuar juntos é progresso, trabalhar em
conjunto, é sucesso.” Napoleon Hill
É incrível como não estamos conseguindo mais conversar profundamente uns com os outros.
De alguma forma, estamos vivendo uma espécie de guerra vibracional, ou seja, um necessitando de mais energia que o outro.
Isso acontece porque todos estão no fundo procurando desesperadamente por alguma fonte de energia. Sim, todos estão necessitando de energia psíquica e espiritual.
As pessoas estão procurando umas nas outras essa energia que tanto precisam. Infelizmente essa procura é uma perigosa armadilha, pois na verdade, estamos aprofundando nossas crenças num mundo extremamente individualista.
Por mais que digamos o contrário, acabamos caindo em contradição, porque no fundo estamos cada dia mais interessados em nós mesmos e nas nossas próprias crenças.
Esse é um momento único dentro da história moderna, nunca estivemos tão obcecados e apaixonados por nós mesmos e pelas delícias da matéria. Isso nunca aconteceu antes.
Já fomos apaixonados por Deuses, Deusas, santos e anjos, mas nunca nos apaixonamos por nós mesmos. A não ser quando lembramos dos relatos das antigas escrituras de Platão, em Timeus e Criteas, quando ele descreve sobre a paixão dos Atlantes e a grande queda que aquela civilização sofreu 9.000 anos antes de Cristo, (o dilúvio bíblico), por causa das paixões mundanas e o individualismo exagerado que eles praticavam naquela época.
Segundo os mentores espirituais que nos orientam, estamos vivendo os últimos momentos da chamada Era dos Eus.
Ao mesmo tempo, eles dizem que é necessário passarmos por essa experiência conflitante, para depois darmos o devido valor à prática da coletividade e da caridade.
Isso deve ser mesmo verdade!
Parem e vejam quantos “Eus” dizemos durante o dia, desde o momento que acordamos, até o momento que nos deitamos para dormir. Vejam a enorme dificuldade que temos para conjugar a palavra “Nós”, durante o nosso dia a dia, no trabalho, em casa, com a família e entre os amigos.
Percebam como nossos diálogos interpessoais se transformaram radicalmente nos últimos anos. Vejam como eles são regidos pelos “Eus”. Sempre os “Eus”.
Vejam como estamos desesperados para falar sobre nós mesmos para os outros.
As pessoas não param mais para ouvir o que o outro tem para dizer, a não ser que seja um profissional e cobre para fazer isso.
Isso está acontecendo porque as pessoas estão precisando muito falar sobre seus próprios anseios aos outros, por esse motivo, não podem desperdiçar seu valioso tempo, apenas ouvindo o que o outro tem para lhes dizer, porque isso no fundo parece realmente não importar para elas.
Ouvir, está se tornando uma perda de tempo. Por isso, as pessoas mesmo achando que às vezes estão estabelecendo um diálogo com alguém, na maioria das vezes não estão, estão sim fazendo um monólogo, pois as outras pessoas que acreditam estar ouvindo o que elas têm para falar, também não conseguem escutá-las, porque também estão vivendo a mesma situação que todas estão vivendo. As pessoas estão desesperadas para falar sobre os seus próprios problemas e suas próprias convicções. Compreendem?
Isso é muito comum entre casais que supostamente deveriam dividir e compartilhar seus anseios e seus sofrimentos. Mas isso não está acontecendo.
Vejam como no fundo está se tornando difícil estabelecer um verdadeiro diálogo, estamos vivendo literalmente uma guerra energética, uma guerra de Egos, uma espécie de vampirismo energético. Isso tudo acontece porque as pessoas estão na verdade, buscando energia umas nas outras.
Podemos chamar essa fonte de energia de “Energia do Reconhecimento Alheio”.
As pessoas estão buscando reconhecimento a qualquer custo, ou seja, uma energia psíquica que o Ego exige o tempo todo, para conseguir se manter vivo.
Então, já que não sabemos onde encontrar essa energia tão preciosa que o Ego tanto necessita a única forma encontrada foi através do reconhecimento alheio.
Isso pode ser perigoso, já que pode se transformar numa prática obsessiva e maléfica. Daí vem a palavra obsessão e a origem da palavra obssessores. Os obssessores são na realidade seres pouco esclarecidos e que necessitam de energia.
Precisamos dar um basta nessa obsessão compulsiva e parar de querer sugar a energia alheia. Precisamos reencontrar uma fonte energética que nos abasteça de verdade e que não prejudique mais o outro.
Nossos espíritos estão vazios e precisam ser preenchidos de alguma forma. Mas não é através do roubo alheio de energia que vamos conseguir preencher esse grande vazio.
A fonte verdadeira é a energia espiritual. Muitos já descobriram isso e já estão buscando preencher seus vazios interiores através da prática da meditação e do autoconhecimento. Muitos já começam a se conectar com a verdadeira Fonte de Energia Suprema ao redor do mundo, através das mais diversas formas de vivências extra-sensoriais.
Muitas pessoas estão fazendo isso porque descobriram que através do encontro consigo mesmo, podem chegar a Fonte que tudo abastece e que nunca para de jorrar.
Esse deveria ser o significado da verdadeira religião. A religação consigo mesmo (a). A palavra religião vem do latim e significa religare, ou seja, religação.
É realmente disso que estamos necessitando, nos religar com a Fonte que nos criou.
É chegado o momento de despertamos para uma nova sociedade compartilhada e cooperativa, pois sozinhos, guerreando uns com os outros, competindo e passando por cima de tudo e de todos, a qualquer custo, certamente não chegaremos realmente a lugar algum.
Perceba como muitas vezes você se sente mal quando está perto de determinadas pessoas. É comum sentir um mal estar momentâneo que rapidamente se transforma em fadiga, dor de cabeça, cansaço, náusea e dores musculares. Não é?
Esse é um dos sinais de alerta que é ativado para avisá-lo (a) que está sendo roubado (a) energeticamente.
Nesses momentos, deve ficar vigilante, não precisa sair correndo com medo de ser sugado (a) energeticamente, tão pouco precisa maltratar ou rejeitar a pessoa com quem está conversando, pois na maioria das vezes, essa pessoa sequer está ciente do que ela mesma está fazendo.
Se você estiver devidamente alerta e preparado (a) para perceber o que está acontecendo vibracionalmente naquele momento, poderá neutralizar as intenções negativas que estão chegando até você, vindas de outras pessoas.
Enfim, essa energia de que tanto precisamos é abundante e não cessa jamais. Ela está disponível e é tão abundante quanto uma cachoeira que nunca para de jorrar, basta ter conhecimento dela e começar a se abastecer da energia que ela emana sem parar.
A partir do momento que não mais necessitar da energia de outros para manter a sua própria energia pessoal, então, começará a praticar involuntariamente a verdadeira caridade. Sem ônus e sem sacrifício algum para si e para o seu semelhante.
A sugestão dos mentores que nos auxiliam é que a partir de hoje, comecemos a modificar aos poucos nosso vocabulário cotidiano e tentemos pronunciar mais a palavra Nós e menos a palavra Eu durante o nosso dia a dia.
Acredite, essa pequena mudança verbal pode trazer mudanças maravilhosas para nossas vidas, pois como disse um grande sábio um dia:
“O verbo que sai de nossas bocas é a coisa mais poderosa que possuímos.”