Fenômenos foram relacionados com aumento nas internações pela doença.
Pesquisadora analisou registros de 35 hospitais na região de Ribeirão Preto.
2 comentários
Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP) descobriu que existe relação entre as atividades solares e problemas cardiovasculares. Após analisar os registros diários de 35 hospitais da região entre 1998 e 2007, a pesquisadora Andressa Kutschenko concluiu que as internações por doenças cardíacas aumentaram cerca de 40% em épocas de tempestades geomagnéticas muito intensas.
“Quando acontecem explosões solares e as partículas chegam à Terra, acaba tendo uma perturbação no campo magnético do nosso planeta. Isso é um fator que desencadeia infartos, anginas ou então piora crises de depressão e esquizofrenia", explica Andressa, destacando que isso só acontece quando o paciente tem predisposição ou fatores de risco para essas doenças.
“Quando acontecem explosões solares e as partículas chegam à Terra, acaba tendo uma perturbação no campo magnético do nosso planeta. Isso é um fator que desencadeia infartos, anginas ou então piora crises de depressão e esquizofrenia", explica Andressa, destacando que isso só acontece quando o paciente tem predisposição ou fatores de risco para essas doenças.
Andressa afirma ainda que não se sabe como ou por que essas alterações ocorrem. “Ainda não conseguimos descobrir o que acontece com o sistema nervoso e com o sistema cardiovascular para eles mudarem. Mas é certo que suas funções são alteradas.”
saiba mais
Problema hormonal
Uma possibilidade apresentada pelo cardiologista Fernando Nobre é de que as tempestades solares afetem a produção de hormônios fundamentais na função cardíaca, como a adrenalina. “Os mecanismos não são muito claros, mas é possível que interfira na produção de adrenalina e na frequência dos batimentos cardíacos, na pressão arterial e na contração das artérias", diz.
Uma possibilidade apresentada pelo cardiologista Fernando Nobre é de que as tempestades solares afetem a produção de hormônios fundamentais na função cardíaca, como a adrenalina. “Os mecanismos não são muito claros, mas é possível que interfira na produção de adrenalina e na frequência dos batimentos cardíacos, na pressão arterial e na contração das artérias", diz.
Nobre reafirma a necessidade de mais investigações sobre o tema, alegando que os infartos estão se tornando cada vez mais comuns, inclusive entre pessoas jovens. "Tudo o que possa facilitar o aparecimento do infarto passa a ter importância no meio científico.”
O cardiologista afirma ser possível monitorar e prever quando a atividade do sol será intensa. Mesmo assim, explica que é difícil evitar seus efeitos no corpo humano. “É um mecanismo natural e você não tem como se esquivar dele. As providências seriam ter os cuidados naturais para evitar o infarto, como hábitos de vida saudáveis”, concui.
O cardiologista afirma ser possível monitorar e prever quando a atividade do sol será intensa. Mesmo assim, explica que é difícil evitar seus efeitos no corpo humano. “É um mecanismo natural e você não tem como se esquivar dele. As providências seriam ter os cuidados naturais para evitar o infarto, como hábitos de vida saudáveis”, concui.