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16 de fevereiro de 2011

A Escola de Mistérios do Olho de Hórus

Esta história começa antes da destruição causada pelo dilúvio, quando ainda existia outra civilização na terra sobre o lugar que hoje, convertido em lenda, Chamamos de Atlântida.

Tinham uma sabedoria que era produto da evolução da consciência do homem por milhares de anos, eram verdades aprendidas sobre o funcionamento do Universo e do processo que chamamos vida.
O estudo das constelações lhes revelou que a humanidade era uma união vivente entre o céu e a terra, e que as estrelas e os sóis a influenciavam formando estações, ciclos e ritmos.
Sábios sacerdotes da escola de conhecimento de Naacal, na Atlântida,descobriram que o planeta estava nos momentos finais de um destes ciclos. Avisados, sem que lhes dessem ouvidos que uma catástrofe eminente destruiriam as estruturas que organizavam a vida do homem.
Sem o apoio da maioria da população, construíram alguns barcos fechados por todos os lados e os protegeram com campos eletromagnéticos de forças que podiam penetrar e dissolver a matéria.
Comandados pelo sumo Sacerdote Chiquitet Arelich Vomalites, subiram a bordo com suas famílias, alguns instrumentos e animais domésticos e se afastaram de Atlântida.
O planeta estremeceu, os céus derreteram e as águas arrasaram os continentes apagando quase todos os rastros de sua civilização.
Como evidência próxima ao Egito foram encontrados uns gigantescos monumentos de pedras chamados megalitos, que por seu tamanho, peso e difícil montagem revelam uma tecnologia desaparecida, certamente da civilização atlante.
A primeira evidência está em Baalbek, Líbano, lá se encontram os três maiores e mais pesados monumentos de pedra do mundo, chamados monólitos. Cada um pesa 1.200 toneladas, mede 25 metros de cumprimento, 8 metros de largura e 5 de altura.
O maior peso que podemos levantar com um guindaste é o ônibus espacial Discovery, que pesa somente 150 toneladas, 1/10 do peso dos monólitos. Não existe hoje tecnologia para levantá-las, e muito menos para posicioná-las com tanta precisão.
O lugar onde foram talhadas fica a três quilômetros, onde se encontra uma pedra do mesmo tamanho que nunca foi utilizada pelos construtores originais. Em virtude do seu tamanho, a misteriosa plataforma tornou-se um lugar sagrado para as culturas que depois do dilúvio se assentaram na região. Assírios, persas, gregos e por último os romanos, construíram seus principais templos sobre a plataforma.
A segunda evidência está em Jerusalém, a cidade é sagrada para três religiões, lá existem outros destes megalitos, monumentos gigantescos pesando, cada um, mais de 800 toneladas. Por seu enorme e inexplicável tamanho, também se converteram em lugares sagrados, em volta dos quais, cresceu Jerusalém. Fazem parte da enorme plataforma que sustentava o templo dos judeus e que hoje segura a mesquita de laksa e a cúpula da roca. As pedras fazem parte das fundações dos muros das lamentações, hoje se chega lá por um túnel que revelou as enormes pedras.
Os megalitos de Baalbek e de Jerusalém faziam parte de construções desaparecidas com o cataclismo universal e permaneceram em seu lugar, por serem tão imponentes. Este cataclismo destruiu a civilização atlante, isto aconteceu por volta do ano 10.900 a.C., quando o sistema solar transitava no signo de Leão, e está registrado nos livros sagrados de todas as culturas do mundo.
Quando se recuperou o equilíbrio, os sacerdotes sobreviventes ao cataclismo, desembarcaram dentro da superfície terrestre, num lugar onde sabiam que afluem as forças telúricas do planeta. Esperam utilizar essas forças para dar impulso ao pensamento do homem construindo maciças formas piramidais que ressoavam, concentravam e transformavam a vibração fundamental do planeta em energia.
Seres muito avançados espiritualmente, que tinham um conceito de progresso que não estava baseado em aquisições materiais, mas em encontrar a paz e a harmonia interior, transformando o limitado homem animal num super homem.
Estes sacerdotes num momento que chamaram de Zep-Tepi “o tempo novo” viram ressurgir das águas um oásis estreito e longo, uma terra fértil rodeada pelo deserto protetor, às margens de um longo rio, chamaram-no Egito.
A terra que emerge das águas, o país de um único rio o Nilo, com as melhores condições para gerar uma nova civilização.
Os sacerdotes viram o cataclismo como uma oportunidade de orientar a humanidade a um destino mais alto, e estruturar neste novo ciclo, uma sociedade dedicada ao aperfeiçoamento espiritual.
A esfinge demonstra os enormes ciclos de tempo que consideravam, sua forma de leão com cabeça de homem, ressalta do ciclo compreendido entre a era de leão e a de aquário, os tempos e influência da nova civilização. Viam a vida como um processo desenhado por Deus, no qual o homem reencarna sucessivamente para aperfeiçoar-se e ascender na hierarquia do Universo, o espírito do homem que não entende o Criador, nem a razão do Universo, ou de sua própria existência, se encarna num corpo para viver experiências que permitam adquirir sabedoria e compreensão.
O lugar em que reencarna e experimenta tudo tem dois extremos opostos, é o Universo polarizado e dual, que permite a comparação entre as partes para compreender qual é a verdadeira, aprende-se individualmente o resultado de cada decisão e comportamento da vida, o sofrimento permite entender a felicidade, e a angústia permite entender a paz. Ao longo de muitas vidas, comparando os dois extremos entende-se que a verdade está no centro, na neutralidade do amor, através da reencarnação o homem compreende a vida, se transforma num ser que respeita tudo o que existe, compreende que tudo tem a sua função, aceita que todas as circunstâncias, mesmo as mais difíceis são perfeitas, pois são lições para o aperfeiçoamento espiritual. Vida após vida, o homem vai subindo de nível, tem mais informação, permanece em paz e harmonia, maneja mais energia vital, se transforma num ser tolerante e respeitoso, e alcança mais poderes. Compreende que no universo dual, em circunstâncias contraditórias, a única coisa que não tem polaridade é o Amor, o Amor é neutro como Deus.
Com o zodíaco de Dendera, ensinaram que esse processo de aprendizagem concede a cada espírito um ciclo cósmico, doze eras zodiacais, que é um giro completo do sistema solar, recebendo a radiação de cada uma das doze constelações.
Durante esse 25.920 anos, reencarna 700 vezes em diferentes corpos, lugares, tempos, circunstâncias, condições e personalidades. Em cada vida aprende algo diferente, cada vez nasce influenciado de diferentes maneiras pelas forças que as estrelas irradiam, assim, todo o ser vivo cumpre um ciclo cósmico recebendo energia das doze constelações e influência dos céus, que marcam ritmos e produzem estados diferentes.
Conhecendo a relação deste processo de aprendizagem, das vidas do homem na terra, com o movimento do planeta e do sistema solar, regeram os seus planos pelas estrelas. Estruturaram um método para revelar informações sobre Deus, o Universo e o processo de aperfeiçoamento durante milhares de anos, uma forma de mostrar ao homem o que é a vida, e para que existe.
Estabeleceram fases para revelar informações sobre Deus ao seu povo, etapas que mudariam com as eras zodiacais, na abobada celeste, épocas dedicadas a estudar como Deus criou o Universo e depois a consciência do homem.

Cada fase da revelação foi dirigida por um centro religioso construído ao longo da coluna vertebral do Egito, o Nilo. Atuaram como os chakras, os centros de transformação e distribuição de energia e informação ao corpo do país.
Desenvolveram em quatro épocas, quatro centros religiosos, cada um deles dedicado a explicar e conseguir a compreensão do povo sobre uma fase do gênesis, cada um deles dedicado a um momento distinto do único Deus, com nomes e formas simbólicas diferentes.
O primeiro centro religiosoestabeleceu-se em Annu, chamada Heliópolis pelos gregos, ao começar a era de gêmeos, no ano de 6620 a.C., na época pré-dinástica do Egito, uma época dedicada à simetria na arte e na arquitetura, foi dedicada a revelar informações sobre as características, qualidades e significados de um Deus Absoluto, o único Deus, acausa original, o todo, que chamaram Atum-Rá,a unidade homogênea, estática, antes de manifestar o Universo.
O segundo temploestabeleceu-se em Menphis, ao começar a era de touro, ano 4460 a.C., foi dedicado a revelar informações de outro momento de Deus, quando manifesta o Universo, os planetas e os homens, quando ativa a sua vontade, a sua energia Divina e cria a matéria. Esta característica criadora de Deus chamaram de Ta. Durante essa época, sente-se a influência Mentu, o touro que representa a era de touro, em todo o Egito, até nos nomes dos faraós.
O terceiro centro religioso, foi criado em Hermópolis, dedicado a Thoth, assim chamaram o único Deus, quando multiplica a criação sobre a terra, com a diversidade da natureza, das plantas e dos animais.
O quarto centro religioso estabeleceu-se em Tebas, com a chegada da era de Áries, o Ram, no ano de 2.300 anos a.C. Foi dedicado a revelar informações sobre as características qualidades e significados de Deus, quando cria a sua imagem e semelhança a consciência do homem, chamaram-no Amon-Ra. Nesta época, acontece o momento culminante da civilização, constroem-se centenas templos onde a imagem de carneiros predomina, e os faraós incorporam Amon e Ram aos seus nomes.
As mudanças de era ou constelação zodiacal determinaram a duração de cada fase da revelação, o povo entendeu, aos poucos, que existe um só Deus, que por suas características e momentos diferentes em que cria o Universo e o homem, tem nomes diferentes.
Criaram uma escola de mistérios para transmitir o seu conhecimento, garantindo os sacerdotes sucessores de sua casta para continuar o processo de revelação. Desenvolveram-se ao redor dos templos e centros religiosos. Em seu interior, se dedicaram em converter os iniciados em seres respeitosos, capazes de guiar seu povo, e manejar as forças fundamentais da natureza.
Escolheram seus discípulos entre todos os meninos do Egito, pelo nível de consciência e de sensibilidade que demonstravam, dando-lhes a possibilidade de dedicar-se a uma vida de sacerdócio, deram-lhes informações sobre o processo de aperfeiçoamento, sobre Deus e o Universo, através da reencarnação, ensinaram-lhes ciência, artes, religião e filosofia, foram treinados a exercitar seu auto-controle, aprenderam a conservar a sua energia vital, a compreender a importância do respeito e do livre arbítrio, acelerando o seu processo evolutivo. Foram convertidos em sucessores de sua casta, sacerdotes com o conhecimento e o poder que este produz com a missão de guiar o povo no caminho de aperfeiçoamento geral.
Foram encontradas estátuas de sacerdotes, uns saindo de um cubo, outros representados como escribas, seres com o conhecimento. Alguns poucos tiveram adicionado aos seus nomes a palavra hotep, que significa sábio, com In Hotep ou Amen Hotep, filho de Hapu, como reconhecimento de sua sabedoria.Foi dos templos onde concentraram conhecimento, o poder, a riqueza material e espiritual que impulsionaram a organização da civilização egípcia.
Utilizaram o Olho de Hórus, como símbolo dessa organização fechada de sacerdotes que dirigiram o destino do Egito, nas sombras, atrás dos faraós. A escola de mistérios utilizou o olho de Hórus como seu símbolo, uma assinatura que aparece nos muros de todos os templos do Egito, um símbolo que traz à mente e evoca o seu significado, sua ação principal, e transmite uma idéia de uma maneira muito simples, além das palavras.
Seu significado pode ser entendido milhares de anos depois de ter sido desenhado, os olhos são o sentido do sol, a origem da vida, atuam percebendo a sua luz e a vibração da cor, transmitem à mente a intensidade e a força do fogo, os olhos são os terminais nervosos que percebem a vontade divina, a intensidade da luz, a força de Deus, que os egípcios chamavam de Phi, a força que condensa o espírito na matéria, dando lugar ao Universo, que é o lugar de experimentação da consciência, são os únicos nervos na superfície do corpo e que podemos observar em seu funcionamento vital, florescem dentro de umas esferas cheias de um líquido branco cristalino.
Os olhos simbolizam a dualidade o olho esquerdo é solar, sensível ao negativo, o olho direito é lunar, sensível ao positivo e afirmativo, cruzam a sua informação para produzir a imagem mental correta do espaço, simbolizam a experimentação da consciência num universo de contrastes, para encontrar a verdade por comparação entre as partes opostas, reagem à luz ativa do sol produzindo na mente a verdadeira luz, a energia vital luminosa, uma luz invisível que torna possível à inteligência a compreensão da realidade.
Os pássaros evocam a ação de voar, a liberdade sem limitações materiais, o Falcão, é o pássaro que vê melhor, Hórus, o Falcão, representa o espírito quando completa sua aprendizagem na vida mortal de limitada, quando entende as verdades do Universo, porque as verificou em muitas vidas e se eleva sobre as limitações materiais, sobre o tempo e o espaço.
O olho de Hórus é a consciência imortal que tudo sabe, tudo vê, pode voar muito alto, sobre tudo o que existe ou fixar a atenção em qualquer detalhe.
Evidentemente, os sábios sacerdotes se viam como observadores e guias de um movimento de aperfeiçoamento em direção a luz, por isso o seu símbolo era o Olho de Hórus, o olho que tudo vê.
A começar pelos templos, os sacerdotes do Olho de Hórus guiaram em paz e harmonia o aperfeiçoamento do povo, revelando informações sobre Deus, o Universo, e o processo que sofre a consciência do homem.
Protegido por muros altíssimos, cada templo era um enorme complexo, onde moravam milhares de pessoas, homens e mulheres igualmente, porque não havia distinção de sexo.
Dedicavam, pelo menos, 21 anos de suas vidas recebendo informação e treinamento, para se converterem em sacerdotes ou sacerdotisas.
O processo de aprendizagem era realizado em vários templos, onde permaneciam por longos períodos enquanto recebiam as informações necessárias, havia treinamento correspondente a esse, e provas de autocontrole para alcançar outro nível, em outros templos sobre o Nilo.
Cada templo era uma biblioteca viva com informação especializada, cada um continha uma informação diferente sobre o Universo, ou a razão da existência. Cada templo continha em seu interior tema sagrado distinto, com informações que dão sentido a tudo que existe.
O nível básico se realizava durante os primeiros sete anos, quando recebiam informações gerais sobre o Universo, e treinamentos para manipular os centros energéticos mais baixos do corpo.
Havia templos como o de Kom Ombo, dedicados a entender a necessidade do Universo dual e polarizado, para permitir à mente comparar entre extremos opostos e assim compreender a Verdade. Em seu interior aprenderam a controlar o medo da perda, a entender que se possui em cada vida, o necessário para adquirir as experiências de aprendizagem, tinha instalações que despertavam o medo da morte, para aprender a controlá-lo e entender que a morte é apenas um passo para outra experiência. Em túneis com água e crocodilos, grandes alturas, lugares fechados com serpentes, os iniciados provavam a sua determinação. Lá receberam a informação para superar o medo ao abandono, os instintos de agressão e defesa, a entender a existência de programas mentais inconscientes que geram reações automáticas, para poder controlá-las.
No templo de Luxor (Templo do Corpo), em Tebas, transmitiram os conhecimentos que tinham sobre o funcionamento do corpo e o treinamento para que a consciência se identificasse com ele.O templo inteiro era como um organismo humano, cada salão representando um órgão, com informações nos muros sobre sua função principal, sobre o benefício que o organismo inteiro tinha ao realizá-la e a sua relação com os outros órgãos. Em seu interior, realizavam exercícios de concentração e de movimento levando a sua mente a cada órgão, até que o corpo inteiro estivesse consciente e os manipulasse a vontade, como um excelente instrumento.
Vários templos, com sacerdotisas de Nephtys e Ísis se dedicavam a transmitir informações e treinamento sobre as percepções físicas, as emoções e desejos carnais, sobre a diferença das emoções superiores da intuição e da inspiração. Aprenderam a transmutar as paixões e as sensações do corpo com o poder do espírito, a elevar a consciência e sua depuração vital a solicitar a canalização de energia e inspiração de espíritos mais evoluídos, para despertar a criatividade.
Muitos templos, como o de Hathor, em Denderah, estavam dedicados à ciência, à astronomia, à astrologia e matemática. Em seus terraços, se dedicavam a registrar os céus, a entender as diversas energias que cada constelação emite e os efeitos que produzem, seguiam dia-a-dia, os desígnios das estrelas, controlando a duração do ano solar, a data exata da enchente do Nilo, o momento em que a terra mudou da era de touro para a era de áries, e os lugares que afetam o processo de evolução.
Depois de receberem informações dirigidas à razão, e treinamento para controlar sensações, emoções e pensamentos, dedicavam outros sete anos, ao lado direito do cérebro, a inteligência do coração, a encontrar a diferença entre pensar e meditar.
O templo de Karnak, o maior do Egito, estava dedicado à consciência, a analisar as forças que a moldam, a entender o processo de evolução e a acelerá-lo, utilizando conceitos, palavras, sensações, pontos exatos ou movimentos.
Aprenderam a concentrar-se em si mesmos, a diferenciar entre o Eu Superior e o ego, a identificar-se com um ser ou objeto externo, até sentir e transformar-se no que se pensa.
Realizavam exercícios de telepatia em lugares próximos, depois à distância, no momento determinado do dia até aprenderem a comunicar-se mentalmente a qualquer hora. Recebiam informações sobre o tempo e treinamento para vivê-lo como um eterno presente. Entendiam que pensar é comparar para conhecer, e que quando se sabe tudo, não se pensa e nem se compara. Aprendiam a mudar de estado ou de nível vibratório, a manejar as circunstâncias externas, conseguindo o equilíbrio emocional como uma decisão mental interna.
Cada templo continha três níveis de informações, era uma maneira de revelar informações simultaneamente a homens em diferentes níveis ou estágios evolutivos. O primeiro nível transmitia informações básicas dirigidas ao povo, cada templo contava uma história simples repleta de símbolos e personagens fantásticos, um drama sagrado facilmente compreensível, as idéias eram expressadas como mitos, em forma de história.
O mito, a história fantástica, foi utilizado, como método, para revelar ao homem um mundo que ele só entende imperfeitamente, os mitos ganham vida quando se acredita neles. Inventavam personagens com características simbólicas, com formas que traz a mente sua função e atividade principal, que participavam de histórias simples e parábolas, que contam verdades sobre a natureza humana sem a aridez e a abstração da filosofia ou da metafísica.
O povo recebeu informações sobre cada tema sagrado, ao conhecer a história central de cada templo, ao conhecer as fraquezas e forças de cada personagem, as circunstâncias que atravessam e a maneira como as resolvem. Utilizavam um segundo nível de informações dirigidos aos discípulos, seres com o nível espiritual mais elevado, aos quais se explicavam diretamente o mesmo tema sagrado, de uma maneira mais concreta e profunda.
Utilizavam as cenas descritivas do mito, talhadas nos muros dos templos, explicavam cada personagem, o que simboliza no Universo, a parte do processo de aperfeiçoamento que representava, o porque da sua forma, comportamento e sua função principal.
A sabedoria dos sacerdotes do Olho de Hórus fica evidente na história contada por cada templo e nas formas que utilizavam como símbolos, só ao olhá-los vem à mente a ação vital que representam, ou a qualidade que se ganha ao realizá-la, ao representar homens com cabeça de animal como símbolo, os transforma em idéias que evocam a característica vital do animal, trazem à mente a função do animal no Universo. Um homem, com cabeça de chacal adquire as suas características, seu instinto de orientação no deserto, seguindo as suas pegadas, chega-se sempre a terras cultivadas é, portanto, um excelente guia.
Cada símbolo evoca uma simbologia, a forma simples de um pássaro evoca na mente o vôo, a liberdade; um disco solar sobre a cabeça de um homem, fala da sua iluminação, da sabedoria que irradia, da informação que tem, do nível da sua consciência.
Estudaram, detidamente, os animais e insetos, assim reuniram um profundo conhecimento sobre a sua vida, sua atividade principal, suas necessidades vitais, os hábitos que desenvolviam para supri-las, sua dieta alimentar, a duração de sua gestação, seus hábitos sexuais, e o sentido principal da sua existência. Escolheram os animais mais idôneos para representar uma ação vital e o que acontece no universo quando se executa, o processo da lagarta que se arrasta e tece, para depois se transformar em borboleta.
De todos os pássaros, o falcão é o que vê melhor, tem um cérebro ótimo, com a vista mais perfeita e desenvolvida, por isso é escolhido como símbolo para representar essa função vital, o sentido da visão, uma figura humana com cabeça de falcão é um ser que tudo vê, que domina o panorama, vendo perfeitamente cada um dos detalhes em que foca a sua atenção.
As figuras chamadas Deuses ou Neters pelos egiptólogos, que acreditam que o Egito era politeísta e que adorava os animais, representam apenas uma ação vital, um comportamento que transforma e aperfeiçoa.
Cada ação importante da vida tem um símbolo que a representa, comunica a transformação que acontece na essência do indivíduo que a executa, o que obtém dela, um par de braços levantados, indica adoração, um par de pernas, a ação de andar, uma boca a ação de falar.
E por último, um terceiro nível de informação, cada templo guardou um código secreto embebido no próprio símbolo, era conhecido apenas pelos altos sacerdotes e mestres, com informações sobre forças e energias fundamentais, como controlá-las e utilizá-las para prestar serviço ao seu povo.
Em templos como o de Hórus, em Edfu, o sumo sacerdote levou seus discípulos mais evoluídos a deslocar sua consciência no tempo, abrindo o inconsciente para reviver e compreender as vidas passadas, em seu processo de reencarnação.
O sumo sacerdote foi sempre um ser muito adiantado no caminho espiritual, ele não se identificava com o corpo, conhecia perfeitamente o seu funcionamento e que energias utilizar para equilibrá-lo, e controlava, do centro nervoso no alto da cabeça, o mais alto nível de energia vital, permanecia no eterno presente irradiando amor, guiando e servindo com seu divino poder.
A matéria apenas recebe, se contrai, dar é irradiar, esta é uma característica vibratória do espírito, os seres de cada nível recebem e transmitem aos níveis inferiores.
Em seus salões, entenderam que a realidade se compõe de sete níveis de energia vibratória, sete correntes energéticas com sete diferentes níveis de poder ou força. Como corpo tem sete chakras ou centros de transformação da energia fundamental do Universo, cada ser humano, em sua vida presente, utiliza um desses sete centros, dentro de nível de evolução de sua consciência.
Quanto maior compreensão do Universo, mais respeito, mais alto o chakra, o centro nervoso utilizado para transformar a energia, maior quantidade de energia processa diariamente, mais poderes transcendentais tem.
O sumo sacerdote podia controlar forças fundamentais pelo altíssimo nível de energia vital em que permanecia o seu organismo, o seu sistema nervoso tinha uma resistência correspondente a esse nível de energia.
Assim, em todos os templos do Egito, os iniciados receberam informação e treinamento, aumentaram paulatinamente seu nível de energia vital e, de maneira correspondente, o nível de resistência dos nervos de seu corpo.
Aprenderam a manter-se em paz, harmonia, a respeitar tudo que existe, aceitar a perfeição do Universo, para conservar seus níveis de energia vital, no caminho do aperfeiçoamento que leva a onipotência, controle de forças e energia superiores.
Um intenso preparo físico, mental e espiritual que terminava com o momento de experimentar o tudo e o nada, o manifesto e o não manifesto, e receber, numa pirâmide, uma poderosa energia que permite vislumbrar o sétimo nível de consciência.
Durante a Era de Touro, se dedicaram a experimentar uma forma piramidal de tecnologia ressonante, que transformava as vibrações do planeta em energia, um conhecimento herdado a ser colocado em prática.
Colocaram maciças formas piramidais, de milhões de toneladas, em pontos nevrálgicos sobre a malha eletromagnética do planeta, massa piramidal que continha milhões de partículas de quartzo, vibrava com a terra, produzindo energia pela fricção de suas moléculas, num fenômeno que hoje chamamos de peso elétrico.
Construíram muitas pirâmides, até chegar ao modelo perfeito da pirâmide de Queóps, seus corredores, galerias e câmaras, transformaram essa energia em som, fazendo vibrar em níveis cada vez mais alto, aquele que fora preparado física, mental e espiritualmente. Esta força impulsionava a mente do homem a perceber outras dimensões, chegando a outros estados especiais de consciência, com esta ajuda externa, os iniciados vislumbravam o sétimo nível de consciência, retornavam relembrando o êxtase obtido, as verdades verificadas para transmiti-las a seus companheiros com palavras e ações.
Em suas meditações posteriores, obtinham novamente esse estado de unidade sem movimento até que se consolide definitivamente e eles fiquem de maneira permanente no estado de Deus-Homem, sempre irradiando a energia positiva de amor.
O conhecimento sobre as formas puras do Universo, os blocos básicos com que se organiza a energia e a matéria, foram fundamentais para o desenvolvimento da civilização egípcia, hoje chamamos essas formas puras de sólidos platônicos, cinco polígonos com seus lados e ângulos iguais, baseados em triângulos equiláteros, a forma divina, sem tensões.
Utilizando essas formas, puderam produzir efeitos de ressonância e concentração energética, para elevar a percepção da consciência, para conseguir efeitos de supercondutividade, com os quais se anula a força da gravidade.
Hoje se descobriu que o planeta tem pontos nevrálgicos chamados nódulos diamagnéticos, onde se podem controlar a força de gravidade do planeta e produzir fenômenos de supercondutividade.
A supercondutividade permite amplificar ou diminuir a força da gravidade. Ao aumentar o peso das pedras, se enterrava conhecimento sem que fosse necessário escavar, ao diminuí-lo, tornaram as pedras leves, para empurrá-las e movê-las facilmente desde pedreiras longínquas.
Na ilha de Serrel foram encontrados hieróglifos com fórmulas e ingredientes para produzir uma espécie de concreto que parece rocha, cientistas franceses os decifraram parcialmente, e suas experiências confirmam que se trata de polímeros, que ao solidificar-se produzem uma espécie de pedra. Isso explica a facilidade para fazer juntas tão exatas entre as pedras dos seus templos, conseguindo usar os blocos já fundidos como formas para os novos.
Mas o mais importante foi a sua visão de que a vida é um processo desenhado por Deus para ampliar a consciência do homem, que o espírito do homem encarna repetidamente num corpo para compreender a harmonia, pelos resultados de suas decisões.
Ao viver muitas vidas com experiências opostas, de angústia e de paz, e depressão e de felicidade, de riqueza e de pobreza, de saúde e de doença, compreende a razão da sua existência, e acaba com as limitações materiais, transformando-se num super-homem imortal, um ser que não perde na morte a consciência, ou a informação acumulada, um espírito sábio ao final de um processo, que sobe outro degrau na perfeição do Universo.
O homem reencarna muitas vezes, no princípio, a sua animalidade é dominante, a intolerância e a agressão determinam uma vida de sofrimento, aos poucos se enche de dores, e ao tentar remediá-las, deixa de atacar, encontra a paz e com ela altos níveis de energia vital.
Com a informação do processo de aperfeiçoamento e das leis que o regulam, os egípcios melhoraram de vida, aceitaram os momentos difíceis como parte do seu caminho de aprendizado, permanecendo em paz em harmonia.
Os templos revelaram como os homens, em um mundo de dor, podiam transformar-se em seres sem limitações físicas, com conhecimentos para transmutar a matéria, locomover-se livremente no tempo e no espaço.
Entre as contradições de cada vida se aprende algo, e se renasce um pouco mais sábio. Na polaridade entre a luz e a escuridão, entre o medo e o amor, se aprende a encontrar a paz e a harmonia, a manter a energia vital.
Ao sentir na pele a angústia que produz a ira, o ódio, o rancor, ou a vingança, se compreende o valor da harmonia. Ao compreender que cada decisão produz paz ou sofrimento, pode-se passar do inferno da vida, ao céu da mesma.
O povo entendeu que todas as ações da vida diária, pescar, semear, colher, são uma maneira de aproximar-se de Deus, de se aperfeiçoar a cada dia. Construíram uma comunidade em paz e uma tal felicidade, que quando o historiador grego Heródoto visitou o Egito no ano 500 a.C., não pode deixar de afirmar “de todas as nações da Terra, os egípcios são os mais felizes, sãos e religiosos”.
Apesar disso, não tinha uma palavra em sua língua significasse religião, não viam diferença entre o sacro e o mundano, viam-se como os encarregados de compreender que Deus, o Universo, e o Homem, formam uma unidade manifesta pelo amor.
Nestes programas do “Olho de Hórus”, veremos a mensagem que os egípcios transmitiram em seus templos, que todos os homens avançam por um caminho de aperfeiçoamento que leva muitas vidas, alguns estão mais evoluídos que os outros, mas todos chegarão à imortalidade, e à consciência permanente, somente aprendendo a ser flexíveis, a aceitar as circunstâncias, e a respeitar todos os seres que nos rodeiam.
O caminho pode ser de sofrimento, ou de paz e harmonia, depende da valorização do que se tem, e de agradecer a oportunidade de estarmos vivos, para tomar consciência do que fomos criados por amor.

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