Pele bronzeada, cabelo loiro meio despenteado, visual colorido e apaixonado confesso pelas praias – e roupas estilo surfwear - do Brasil. Sempre parece que ele acabou de sair de um filme de surfe. O riso é tímido e a conversa, apesar de bem animada, parece estar em câmera lenta. Mas o que Owen Wilson não dispensa é uma oportunidade de fazer piada, seja dentro ou fora da tela. Tem dez filmes à caminho, nove ainda no forno e um que estreou na última sexta-feira (31) nos cinemas brasileiros: Os Estagiários.
No enredo, ele e Vince Vaughn, com quem atuou em Penetras Bons de Bico (2005), dois quarentões, são demitidos de um antigo trabalho e resolvem arriscar: se inscrevem para serem estagiários da gigante empresa de tecnologia Google. Os concorrentes têm menos de 20 anos e sabem tudo sobre informática, bem diferente deles. O filme mostra uma espécie de gincana para escolher os futuros contratados, o que não foi baseado nos modelos reais de estágio da empresa. E, claro, tem também uma pitada de paixão, protagonizada por Wilson e Rose Byrne (Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones).
Em 20 anos de carreira, o ator já participou de mais de 50 produções, a maioria atuando, mas também escreve filmes (concorreu ao Oscar de Melhor Roteiro com Os Excêntricos Tenenbaums, de 2001) e até trilhas sonoras. Entre os seus maiores sucessos estão Marley e Eu (2008) e Meia-Noite em Paris (2011). Ele conversou com o Terra sobre Os Estagiários, suas habilidades tecnológicas e as sintonias que resultam em gargalhadas. Confira a entrevista completa:
Terra – Como é essa sintonia sua e do Vince Vaughn, que juntos sempre têm esse poder de nos fazer rir?
Owen Wilson - Eu não sei, talvez seja apenas uma espécie de energia, que acontece com pessoas que a gente encontra por aí. Algumas têm esse poder de levantar o astral de todos que estão ao seu redor e o Vince é uma dessas pessoas.
Owen Wilson - Eu não sei, talvez seja apenas uma espécie de energia, que acontece com pessoas que a gente encontra por aí. Algumas têm esse poder de levantar o astral de todos que estão ao seu redor e o Vince é uma dessas pessoas.
Terra - Você gostaria de, aos 45 anos, fazer estágio em alguma empresa no mundo?
Wilson - Acho que eu não me importaria de ser estagiário na Pixar, parece ser um bom lugar, lembro-me da energia de lá. Você sente aquele "uau" e pensa: este é o lugar que gostaria que seu filho trabalhasse, tudo muito criativo. Assim como em outras empresas no Vale do Silício, que são uma espécie de utopia para quem busca um emprego.
Wilson - Acho que eu não me importaria de ser estagiário na Pixar, parece ser um bom lugar, lembro-me da energia de lá. Você sente aquele "uau" e pensa: este é o lugar que gostaria que seu filho trabalhasse, tudo muito criativo. Assim como em outras empresas no Vale do Silício, que são uma espécie de utopia para quem busca um emprego.
Terra - Você encontrou o Sergei Brin, um dos fundadores do Google, já que fez um filme que se passa na empresa?
Wilson - Sim, ele aliás, também está no filme, foi figurante. Fomos convidados para um jantar na casa dele. Todos estavam usando o Google Glass, algo meio maluco, do tipo: estou falando com você e filmando você. Eu também encontrei o Jolly Good Fellow (Chade-MengTan), que é o conselheiro espiritual da empresa e até hoje nós trocamos emails.
Wilson - Sim, ele aliás, também está no filme, foi figurante. Fomos convidados para um jantar na casa dele. Todos estavam usando o Google Glass, algo meio maluco, do tipo: estou falando com você e filmando você. Eu também encontrei o Jolly Good Fellow (Chade-MengTan), que é o conselheiro espiritual da empresa e até hoje nós trocamos emails.
Terra - Onde foram as gravações?
Wilson - Filmamos a maior parte em Atlanta, onde foi construída uma réplica da empresa, na universidade de lá. Só no finalzinho que fizemos algumas filmagens no Googleplex, e todos que a gente encontrou lá pareciam muito inteligentes.
Wilson - Filmamos a maior parte em Atlanta, onde foi construída uma réplica da empresa, na universidade de lá. Só no finalzinho que fizemos algumas filmagens no Googleplex, e todos que a gente encontrou lá pareciam muito inteligentes.
Terra - Como você se define, tecnologicamente falando?
Wilson - Eu não me definiria como alguém muito esclarecido tecnologicamente, gostaria de me aperfeiçoar nessa área para poder fazer melhor uso do que tem disponível. Uso o Facetime para falar com algumas pessoas e também pesquiso na internet informações sobre nutrição, o que faz bem e o que não faz. Pesquiso sobre quais os sucos que são bons, açúcares, comidas saudáveis.
Wilson - Eu não me definiria como alguém muito esclarecido tecnologicamente, gostaria de me aperfeiçoar nessa área para poder fazer melhor uso do que tem disponível. Uso o Facetime para falar com algumas pessoas e também pesquiso na internet informações sobre nutrição, o que faz bem e o que não faz. Pesquiso sobre quais os sucos que são bons, açúcares, comidas saudáveis.
Terra - Parece difícil não cair nas gargalhadas durante as filmagens. Vocês precisaram repetir muitas cenas por rirem na gravação?
Wilson - Até que não, a posição das câmeras geralmente ajuda. E, concentração para respeitar o trabalho do outro. Às vezes você fica surpreso, quer cair na maior gargalhada, mas não quer destruir o que o outro fez tão bem. Aí é segurar mesmo. Mas, claro, em alguns momentos fica difícil e não consigo ajudar, todos acabamos rindo. E é sempre bom fazer o outro rir, fazer uma pessoa mudar a fisionomia com suas palavras e ação.
Wilson - Até que não, a posição das câmeras geralmente ajuda. E, concentração para respeitar o trabalho do outro. Às vezes você fica surpreso, quer cair na maior gargalhada, mas não quer destruir o que o outro fez tão bem. Aí é segurar mesmo. Mas, claro, em alguns momentos fica difícil e não consigo ajudar, todos acabamos rindo. E é sempre bom fazer o outro rir, fazer uma pessoa mudar a fisionomia com suas palavras e ação.
Terra - Fizeram muita improvisação?
Wilson - Improvisação faz parte do estudo da cena: você acorda no dia da gravação e pensa: e se eu falar isso ou aquilo, agir assim, fazer essa cara? Não há tanta improvisação na hora da gravação como as pessoas pensam, é tudo muito bem pensado antes.
Wilson - Improvisação faz parte do estudo da cena: você acorda no dia da gravação e pensa: e se eu falar isso ou aquilo, agir assim, fazer essa cara? Não há tanta improvisação na hora da gravação como as pessoas pensam, é tudo muito bem pensado antes.
Terra - Como você descreve esse seu novo filme?
Wilson - É sobre as segundas chances que temos na vida e acho que as pessoas devem ver pois acredito que vão se divertir, e dar boas risadas.
Wilson - É sobre as segundas chances que temos na vida e acho que as pessoas devem ver pois acredito que vão se divertir, e dar boas risadas.
Terra - Depois de trabalhar com o Woody Allen (Meia-Noite em Paris), mudou sua perspectiva ou a maneira que as pessoas o vêm como ator?
Wilson - Acho que não mudou minha imagem, nem ambições, mas como as pessoas gostaram do filme, fiquei ainda mais feliz pela oportunidade.
Wilson - Acho que não mudou minha imagem, nem ambições, mas como as pessoas gostaram do filme, fiquei ainda mais feliz pela oportunidade.
Terra - O que o faz rir?
Wilson - Will Ferrell definitivamente me faz rir e Vince, ele é único e original.
Wilson - Will Ferrell definitivamente me faz rir e Vince, ele é único e original.